“Step inside… this is where presence precedes words.”

Memória: O Canto Ancestral – Closet da Alma

Memória: O Canto Ancestral

Um ponto, uma explosão, e a poeira cósmica dançou. Big Bang em silêncio, o tempo, então, começou. E a matéria sonhou, em espirais de luz, A primeira fagulha que a vida traduz.

O chão era chão, e o ar, invisível véu, Um ser se ergueu, sob o mesmo céu. Homo Sapiens, olhar de vastidão, No peito, um novo pulso, a primeira emoção.


Viu o raio rasgar, no breu, a escuridão, Ouviu o trovão, o forte ribombar. No medo, no espanto, buscou proteção, E o eco da força quis em si guardar.

Nas paredes da gruta, rústica, ancestral, Desenhou a caçada, o rito, o ritual. Linhas de fuligem, a cor de um desejo, Conquistas e perdas, em cada lampejo. Não era só figura, era o tempo a falar, A memória impressa, para não se apagar.


A mão que tateou a áspera pedra bruta, Não mais só a quebra, mas a forma astuta. Esculpindo, talhando, em cada pedaço, A alma do artista, o tempo no espaço. A madeira lascada, o fio que cortava, A lança precisa que a fome afastava. Não só sobrevivência, mas saber que evolui, A herança gravada, que o tempo não destrói.


De gesto em gesto, de som em canção, A vida tecida em pura prosa e rima. Sem técnica fria, só a inspiração, A vontade que a alma, sentindo, sublima. É o Big Bang ecoando na fala do agora, O sapiens que somos, em cada aurora. A chama que acende e não se finda mais, No bom tom do sentir, em nossos anais.


É a memória em nós, um rio sem barragem, Levando o passado em cada passagem. A arte de ser, de sentir, de contar, O eterno presente, no eterno lembrar.


O que achou deste poema? Ele conseguiu capturar a essência da sua inspiração original e a

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